segunda-feira, 14 de setembro de 2015

LIDERANDO E MOTIVANDO


Discordo um pouco quando dizem que não existe dom para liderar e motivar. Acho que é tudo uma mescla, de influência genética (dom), do caráter transmitido pelos pais, da personalidade adquirida em contato com o meio e, concordo num ponto, das oportunidades aproveitadas (porque há as que passam).  
Não acredito que o líder seja nato, mas que algumas pessoas tenham um perfil para liderar, resultado do somatório acima sugerido. Mas creio que seja possível aprender a liderar. Chefiar, qualquer um pode; mas liderar, não. Mesmo a chefia, porém, pode ser boa ou ruim. Assim, muitas vezes ficamos sujeitos a um chefe que o é só por razão hierárquica, mas nada entende de chefiar uma equipe.
Chefiar é convencer alguém a seguir seu comando; liderar é convencer alguém a comungar de suas ideias. Para isso é preciso não só ter ideias, mas arrastar os liderados pelo exemplo. Pois, se a palavra convence, o exemplo arrasta.
Um bom chefe se impõe pela competência. Um líder, pelo carisma. Geralmente o bom chefe pode ser estranho, mas um bom líder quase sempre é oriundo do meio. Tanto um bom chefe quanto um bom líder enfrentam, porém, dificuldades oriundas da cultura organizacional.
Essa cultura será tão mais prevalecente para a desagregação quanto menos a empresa ou órgão investir nos seus recursos humanos. E vice-versa.
Talvez o estilo de liderança democrática possa se aplicar a todas as situações. A bidimensional (autocrática e democrática) é um tipo de liderança bastante flexível, ora tendendo para um ora para outro estilo. Desta forma, não pode ser aplicada a todas as situações, a não ser com a adaptação necessária a cada uma. Pode ser que uma liderança 'interativa' seja a ideal, aquela em que o líder se adaptaria à situação, sempre, interagindo com os liderados, como o meio ambiente, com a situação etc.
No tocante às lideranças autocráticas e liberal, simplesmente, cada uma está no extremo dos enfoques nos processos e nas pessoas, ou, noutra dimensão, no controle rígido ou na falta total de controle.
Então, vejo que a liderança democrática é a que mais se amolda à aspiração das pessoas, de serem tratadas com respeito e consideração. É claro que uma liderança essencialmente democrática, sem pitadas de autoritarismo ou liberalismo pode trazer algumas consequências indesejáveis ao líder. Isto é, a perda do controle quando deveria ter sido mais rígido e não foi, ou o inverso, o comprometimento da influência que exerce no grupo quando deveria ter sido mais liberal.
A própria característica da liderança democrática, de ouvir e estimular a participação dos liderados, dá uma noção de que esse estilo de liderança implica um líder mais transigente e, portanto, mais apto a decidir com acerto nas mais variadas situações.
"Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder". (Abraham Lincoln)
"O poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente”. (Lord Acton)

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