FALARES
A variação linguística é constituída pelos diversos falares
de um grupo que fale a mesma língua. Se a diferença na forma de falar é muito
acentuada, tem-se o dialeto. Assim, as formas de falar do brasileiro, do
português e do angolano seriam variações linguísticas mais pronunciadas, pois, às vezes um tem certa dificuldade de compreender o outro. Já o falar de Guiné
Bissau, por exemplo, é quase um dialeto, pois a variação não se dá só no
falar, mas no próprio léxico, muito influenciado pelas línguas nativas.
As variações linguísticas mais comuns são as de natureza
espacial ou geográfica, situacional e cronológica. Na geográfica as mais sutis
constituem o sotaque, em que também há diferença de vocabulário e pronúncia,
mas a estrutura da língua é mantida.
Assim, no Brasil, temos sotaques mais comuns o nordestino, o carioca e o sulista, especialmente o gaúcho. Há aproximação de um falar amazônico com o nordestino, com ligeiras variações que só os estudiosos diferenciam com facilidade, como o jeito baiano ou maranhense de falar, este, acentuando o dígrafo "nh". No sotaque sulista, há o jeito paulista-mineiro e em certa medida, goiano e matogrossense de falar. O jeito paranaense, parecido com o paulista, tem forte influência da imigração européia, especialmente no sudoeste e em Curitiba. O jeito catarinense aglutina certo chiado parecido com o carioca, oriundo dos açoreanos, mas com certa influência do imigrante, o que lhe dá uma característica incomum, com muito uso da segunda pessoa do singular. Esse uso também é mais comum entre os nordestinos que entre outros brasileiros. Já o gaúcho, tal qual o nordestino, é inconfundível, se comparado ao paulista-mineiro ou o carioca.
Diria que o falar paulista puxa o erre como o inglês, enquanto o carioca e o nordestino, como o francês. O jeito carioca, de certa forma, é o falar mais disseminado, ou mais facilmente assimilado, o que deve ter origem tanto na prevalência da cultura da corte, com a influência do português de Portugal, quanto na própria difusão aos estrangeiros de ser esse o jeito de falar brasileiro. Parece que o falar gaúcho teve forte influência dos povos platinos, sendo comum no falar coloquial o uso da segunda pessoa (tu) com a conjugação verbal na terceira (tu vai).
Assim, no Brasil, temos sotaques mais comuns o nordestino, o carioca e o sulista, especialmente o gaúcho. Há aproximação de um falar amazônico com o nordestino, com ligeiras variações que só os estudiosos diferenciam com facilidade, como o jeito baiano ou maranhense de falar, este, acentuando o dígrafo "nh". No sotaque sulista, há o jeito paulista-mineiro e em certa medida, goiano e matogrossense de falar. O jeito paranaense, parecido com o paulista, tem forte influência da imigração européia, especialmente no sudoeste e em Curitiba. O jeito catarinense aglutina certo chiado parecido com o carioca, oriundo dos açoreanos, mas com certa influência do imigrante, o que lhe dá uma característica incomum, com muito uso da segunda pessoa do singular. Esse uso também é mais comum entre os nordestinos que entre outros brasileiros. Já o gaúcho, tal qual o nordestino, é inconfundível, se comparado ao paulista-mineiro ou o carioca.
Diria que o falar paulista puxa o erre como o inglês, enquanto o carioca e o nordestino, como o francês. O jeito carioca, de certa forma, é o falar mais disseminado, ou mais facilmente assimilado, o que deve ter origem tanto na prevalência da cultura da corte, com a influência do português de Portugal, quanto na própria difusão aos estrangeiros de ser esse o jeito de falar brasileiro. Parece que o falar gaúcho teve forte influência dos povos platinos, sendo comum no falar coloquial o uso da segunda pessoa (tu) com a conjugação verbal na terceira (tu vai).
A variação linguística situacional, também chamada de
registro linguístico, leva em conta o contexto, a forma de expressão conforme o
interlocutor seja uma criança, um chefe, um serviçal, se esteja num evento
científico ou numa roda de amigos. Uma forma de variação situacional é aquela
oriunda das gírias e jargões.
A gíria é formada por termos e expressões comuns em cada grupo geracional, por influência dos chamados guetos de fala inculta, que é a forma coloquial de falar mais distante da norma culta, ou padrão da comunicação escrita. Assim, a cada geração surgem gírias novas, que se tornam obsoletas e são substituídas pelas gírias da próxima geração.
O jargão é uma forma de falar que usa termos e expressões próprias de determinado grupo que mantém afinidade por uma atividade comum, como o jargão científico, o jurídico, o policial, o médico etc.
Outra variação linguística, a cronológica, leva em conta as
diferenças geracionais, de modo que, sendo a evolução da língua cada vez mais
dinâmica, tal implica diferentes formas de falar entre jovens, adultos e
idosos, por exemplo.A gíria é formada por termos e expressões comuns em cada grupo geracional, por influência dos chamados guetos de fala inculta, que é a forma coloquial de falar mais distante da norma culta, ou padrão da comunicação escrita. Assim, a cada geração surgem gírias novas, que se tornam obsoletas e são substituídas pelas gírias da próxima geração.
O jargão é uma forma de falar que usa termos e expressões próprias de determinado grupo que mantém afinidade por uma atividade comum, como o jargão científico, o jurídico, o policial, o médico etc.
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