COMO ESTUDAR
Quando adolescente (faz tempo!) encontrei num sebo um ótimo
livro: "Como estudar", tradução de um autor americano. Depois o
perdi.
No mercado há livros bons a respeito, alguns deles de um
juiz carioca, William Douglas, que ensina a ser aprovado em concursos, o que
ele já conseguiu em vários.
Pra quem continua tendo dificuldade de gerir o tempo, pode
ser uma boa dica para "otimizar" (ô palavrinha feia) o tempo
disponível.
Alguns exemplos que uso na leitura:
1) Destacar trechos do livro ou texto, sublinhando,
circulando, desenhando setas (foguetes, como dizem os jornalistas), com
lapiseira macia, para não borrar tudo. Tem gente que ilumina com aquelas
canetinhas coloridas e fica parecendo bandeirinha de festa junina.
2) Se for um texto descartável, destacar com caneta, mesmo,
para ficar bem visível.
3) Desenhar chaves } ao lado de trechos maiores, anotando
alguma observação, se for o caso.
4) Fazer referência nessas chaves a outros trechos, mesmo de
outros textos, ou explicar o trecho com o conhecimento adquirido.
5) Anotar erros encontrados, mesmo de impressão, o que
treina a concentração e o senso crítico.
6) Destacar os termos e expressões desconhecidos ou em
língua estrangeira e buscar conhecer o significado.
A estratégia para o estudo depende de o curso ser presencial
ou à distância e mesmo se se trata de autodidatismo. As diferenças existentes
entre os cursos presenciais e o à distância tanto podem jogar a favor como
contra. Enquanto no presencial temos o compromisso com a frequência, o que nos
força a uma disciplina de acompanhamento, no curso à distância a disciplina de
gestão do tempo é essencial.
Um segredo para aproveitar o tempo é andar com os livros ou
o material didático para onde for, mediante impressão do conteúdo das aulas e
textos complementares. Assim, numa fila de banco, no carro enquanto espera as
crianças ou a patroa, no shopping, enquanto ela usa nosso cartão de crédito
(piada velha!), enfim, em todos os momentos possíveis de espera, é possível ler
a matéria.
Mas, como "temos nosso próprio tempo", cada um tem
seu ritmo, em que interferem compromissos profissionais, pessoais, visita de um
parente, excesso de demanda no trabalho e outras intercorrências. Nem sempre é
possível, porém, não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Entretanto,
se há tempo disponível a regra é extremamente válida. Deixar para a última hora
pode gerar aquele caos quando há qualquer apagão, na internet, no trânsito ou
literalmente, quando falta luz.
Algumas pessoas tendem a ser mais produtivas em horários
específicos. Mas essa questão de horário de produtividade depende de uma série
de fatores, a meu ver. Um deles é o hábito. Se o sujeito gosta de um happy
hour ou bater uma bolinha toda tarde, seu organismo vai se condicionar a
se preparar para isso e aí, adeus concentração.
Tem gente que trabalha melhor noite adentro. Com certeza o
trabalho ou estudo à noite ou de madrugada traz melhores condições de
concentração, pelo silêncio, ausência de perturbação de colegas ou clientes, ou
interferência de familiares e do chefe.
Gosto de trabalhar ou estudar ouvindo música (blues ou rock
progressivo, de preferência) e esse costume me permite concentrar mesmo havendo
barulho. Talvez por isso, não tenho um horário certo para melhor rendimento.
Acho que depende de outras condições ambientais, do estado do próprio
organismo, de certa paz interior advinda de uma boa harmonia familiar e
profissional e, talvez o mais determinante, da pressão decorrente do volume de
trabalho ou estudo, da premência do tempo para terminá-lo ou de um chefe que
não tem noção do tempo certo para cada coisa.
Lembro, a propósito, duas frases:
“O pessimista queixa-se do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta
as velas”. (Willian George Ward)
“Tente de novo, fracasse de novo, fracasse melhor”. (Samuel
Beckett)
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