LIDERANÇA E INTERAÇÃO
Creio que seja possível a
mudança no estilo de liderança. Penso que há líderes natos que têm determinado
estilo e sequer percebem isso. Pode ser que uma série de contingências,
contextos ou variáveis façam com que o estilo desse líder se amolde, quase por
acaso, à condição dos liderados ou a outros fatores que facilitem a liderança.
Mesmo esse líder nato, porém, pode “educar” sua liderança, adaptando-a às situações adequadamente. Nesse caso tal adaptação só pode-se dar mediante interação com os liderados. Aliás, a percepção da liderança de alguém é própria dos liderados. Então, se o líder não busca essa interação, jamais saberá qual seu estilo de liderança, sequer se é considerado líder e muito menos saberá adaptar-se para que o estilo de liderança varie na conformidade da necessidade do grupo, imposta pelas
Mesmo esse líder nato, porém, pode “educar” sua liderança, adaptando-a às situações adequadamente. Nesse caso tal adaptação só pode-se dar mediante interação com os liderados. Aliás, a percepção da liderança de alguém é própria dos liderados. Então, se o líder não busca essa interação, jamais saberá qual seu estilo de liderança, sequer se é considerado líder e muito menos saberá adaptar-se para que o estilo de liderança varie na conformidade da necessidade do grupo, imposta pelas
Já o
líder que “se construiu” tem esta percepção muito clara, de forma que tem como
padrão de conduta a interação, senão não se teria tornado líder. Para ele,
porém, a adaptação é mais fácil. Ocorre que o líder nato não “adota” determinado
estilo. Ele “possui” esse estilo em decorrência de seu caráter, sua
personalidade, donde a dificuldade em exercer outros papéis. A liderança aprendida
pressupõe, portanto, que o líder é uma pessoal flexível e adaptável às diferentes
situações. Isso não significa, contudo, que o líder nato não possa aperfeiçoar
sua liderança e tornar-se um líder completo. Se ele tem essa consciência e
decide aperfeiçoar a liderança, pode ocorrer de obter sucesso mais facilmente
que um esforçado gerente que não tenha os atributos do líder.
Talvez o estilo de liderança democrática possa se aplicar
a todas as situações. A bidimensional (autocrática e democrática) é um tipo de
liderança bastante flexível, ora tendendo para um ora para outro estilo. Desta
forma, não pode ser aplicada a todas as situações, a não ser com a adaptação
necessária a cada uma. Pode ser que uma liderança “interativa” seja a ideal,
aquela em que o líder se adaptaria à situação, sempre, interagindo com os
liderados, como o meio ambiente, com a situação etc.
No
tocante às lideranças autocrática e liberal, simplesmente, cada uma está no
extremo dos enfoques nos processos e nas pessoas, ou, noutra dimensão, no
controle rígido ou na falta total de controle.
Então,
vejo que a liderança democrática é a que mais se amolda à aspiração das
pessoas, de serem tratadas com respeito e consideração. É claro que uma
liderança essencialmente democrática, sem pitadas de autoritarismo ou
liberalismo pode trazer algumas consequências indesejáveis ao líder. Isto é, a
perda do controle quando deveria ter sido mais rígido e não foi, ou o inverso,
o comprometimento da influência que exerce no grupo quando deveria ter sido
mais liberal.
A
própria característica da liderança democrática, de ouvir e estimular a
participação dos liderados, dá uma noção de que esse estilo de liderança implica
um líder mais transigente e, portanto, mais apto a decidir com acerto nas mais
variadas situações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário